PERDA DE TEMPO

Inquietas mãos seguram o véu,

E o tremor tão camuflado,

Cruzando os dedos, é disfarçado.

Os pés não conseguem parar.

Em rodopios incalculáveis,

Não sabem sair do lugar.

O corpo, rijo, permanece.

Ausente de frio e calor

Tanta postura em seu rigor!

Em sua frente, olhando ao céu,

Já consciente deste seu véu,

Permite a lágrima cair.

E permanece... e adormece...

E nota que a vida se esquece,

Que um dia vai se despedir.

Claudia Jeveaux
Enviado por Claudia Jeveaux em 04/08/2015
Reeditado em 05/08/2015
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