SINA
Que destino...
Nada faz. Só nada.
Nada malemolente,
Bamboleante,
Borbulhante
E nem pisca o olho.
Por sua boca,
A vida se faz.
Por sua boca, a morte,
Na liquidez de sua fome.
Confirma sua sina
Na sinuosidade do anzol
Ou na suntuosidade da rede.
Presa fácil.
Nada faz... nem nada mais.
Jaz sobre o tabuleiro
De um festim qualquer.