A chuva e o homem
Calor intenso
Força a evaporação
Da água
Que sobe às nuvens,
Que acumularam,
Em gotículas,
Água em excesso,
Que cai em lágrimas
Copiosas,
Encharcando o solo
Provocando lixiviação,
Inundação.
Muitos perdem coisas,
Muitos perdem casas,
Muitos perdem vidas
As autoridades,
Apesar das promessas
Permanecem na inércia.
Nada fazem, só conversa,
Mas, sempre voltam,
A pedir voto,
Sem pudor,
Sem favor,
Mas, voltam!
Enquanto isso,
A água que cai
No leito do rio
Revolto, sem controle
Caminha célere
Para o imenso mar.
Mar que aos poucos
Vem morrendo,
Sem dó nem piedade
Do homem a maldade,
Que despeja lixo
E crueldade,
Isótopos radioativos,
Que mata a flora e a fauna
Do mar indefeso,
Contaminando o homem
E a natureza
Que se vinga
Mostrando sua força,
Ciclones, terremotos,
Também maremotos.
Tsunamis, enchentes,
Matando gente.
Gente que desmata,
Que destrói floresta
Matando animais,
Causando desequilíbrio,
Destruição, fome e morte
De pessoas, aos milhares.
Pesca predatória, usinas
E fábricas a expelir fumaças,
Chuva tóxica destruindo
Plantações, alimento e
O próprio homem,
Que na sua ânsia
E ganância,
Consumo exagerado,
Destrói a si mesmo,
Que de maneira brutal
Explora a natureza
Acabando com a sua beleza
E com o futuro
Das próximas gerações.
A chuva cai,
Fenômeno da natureza.
Gilberto Carvalho Pereira – Fortaleza, 27 de julho de 2015