SÓ DIGO O QUE SINTO
Tanta coisa estranha eu sinto,
Que não posso guardar comigo,
Por sentir o que sinto,
Tenho que repartir contigo.
Sinto que não sou ninguém,
Valho tanto com um vintém.
As pessoas assim me valorizam,
Porque já não me estimam.
Digo o que sinto, é urgente
Fazer constar a verdade,
Já não tenho idade
Para passar por indigente.
A proveta idade aparenta.
Ser diferente dum adolescente,
A maturidade também conta,
Sou alguém que não mente.
Quero que todo o mundo saiba,
Que ainda sinto como gente,
Não levo a sério o que um demente,
Pense mal de mim e se distraia.
Ruy Serrano - 27.07.2015