Contradição Interna
Porque adio eu, os meus sonhos?
Porque nunca procuro a realidade
Nas cativantes lembranças de saudade
Que emanam das trevas sobriedade
Porque tudo em mim é tristonho.
Porque nunca procuro eu, o meu sorriso?
Só porque choro, pensando que é poético
E de dia, quando tudo é mais frenético
Acanho-me e escondo-me energético
Porque tudo em mim é indeciso.
Porque me escondo eu, do que quero?
Imagino ao invés de fazer feito
O que só em sonhos pode ser desfeito
E não, não mais pode doer-me o peito
Porque se procurar, encontro, espero.