Refugiado
Estou indo embora
Embora sem querer partir
Sem porvir, vou
Embora sem saber
para onde ir
Sem escolhas
Esperanças são como folhas ao vento
Em um momento podemos toca-las
e em outro a violência
as leva para longe de casa
Nada levo comigo
Não dá pra discutir com o inimigo
Que invade minha aldeia
Minha casa
Meu país
Minha vida
Que me odeia, que mata
Que bota o dedo no meu nariz
E me coloca pra fora
Vou embora
e nada levo comigo
Além dos pés feridos
Além das dores da alma
dos corredores de corpos
deixados no chão
Das poucas migalhas de pão
que passam de mão em mão
e se confundem
com as areias do deserto
Tão longe da vida
Tão perto da morte
Vou, sob sol forte
Sem demora
Pra onde a intuição me levar
Vou antes da noite chegar
Vou, na direção do mar
Vou até onde o barco da vida aportar
Se mar houver
há de me acolher
Vou ...
Sem nada a perder
Sem nada mais a temer
Vou ...
Em busca do sonho de ser livre
Sonho de um livre ser
Estou indo embora
Embora sem querer partir
Sem porvir, vou
Embora sem saber
para onde ir
Sem escolhas
Esperanças são como folhas ao vento
Em um momento podemos toca-las
e em outro a violência
as leva para longe de casa
Nada levo comigo
Não dá pra discutir com o inimigo
Que invade minha aldeia
Minha casa
Meu país
Minha vida
Que me odeia, que mata
Que bota o dedo no meu nariz
E me coloca pra fora
Vou embora
e nada levo comigo
Além dos pés feridos
Além das dores da alma
dos corredores de corpos
deixados no chão
Das poucas migalhas de pão
que passam de mão em mão
e se confundem
com as areias do deserto
Tão longe da vida
Tão perto da morte
Vou, sob sol forte
Sem demora
Pra onde a intuição me levar
Vou antes da noite chegar
Vou, na direção do mar
Vou até onde o barco da vida aportar
Se mar houver
há de me acolher
Vou ...
Sem nada a perder
Sem nada mais a temer
Vou ...
Em busca do sonho de ser livre
Sonho de um livre ser