EM VÓS QUE EU SOU

Porventura não foi vós que se permitiu ser enganado?

Ingerindo-se águas contaminadas e alimentando-se de pão mofado!

Acreditando e defendendo embusteiros?

Quando eu lhe disse e te alertei, vós obstinava-se!

Não foi vós que endureceu sua terra que a chamo de coração?

Não abriu a janela do seu templo que eu a chamo de olho!

Olho o qual chamo de luz, sabeis a quem chamei de Luz dos homens?

Impediu-me que habitasse no teu templo que eu o chamo de corpo!

Minha voz não se ouve com o ouvido da carne e sim no entendimento!

Eu dei minha Palavra, vestir de carne e tu acreditaste em um objeto?

Deu credibilidade para homens, oferecendo-lhe obras mortas!

Não sabeis a quem minha Palavra chamou de raça de víboras?

Ao ir prostituir seu espirito nos templos de pedra eu estava lá!

Sim estava lá, nas calçadas, de baixo das pontes, com frio e fome!

Meu travesseiro era de pedra e meu cobertor de papelão!

Por que vos não me enxerga, me ignora, me recusa, me julga?

Sua falsa sensação de bem-estar te levou para um caminho espinhoso!

Caminho dos homens construtores, cheio de simbolismos e ocultismo!

Aos olhos da carne parecem caminhos direitos!

Mas esse é o caminho da morte, essa tal morte que chamo de trevas!

Eu sou o que sou,

Não sou o que o homem quer que eu seja!

Não me procure em lugares de construções feito por mãos de homens,

Pois é em vós que EU SOU.

Rogério Rodrigues

Rogher Rodrigues
Enviado por Rogher Rodrigues em 21/07/2015
Reeditado em 26/05/2020
Código do texto: T5318158
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