Estamos redundantemente enganados
Estamos redundantemente enganados
E zunimos em torno de um brilho
E falamos na primeira pessoa do plural
Quando não deveríamos generalizar
E escondemos nossas faces atrás de maquiagens
E escondemos nossos corpos atrás de academias
E não nos vemos no espelho quebrado
Que nos corta e não sentimos
Usamos uma linguagem que significa dinheiro
Música, cinema, tudo repetido
E gostamos de nos criticar
Sem nem tentar fazer algo para mudar
Dizemos que a sociedade é culpada
E não nos incluímos nela
Perdemos nosso tempo com dores insípidas
Matamos e morremos esperando perdão
Escrevemos críticas a nós
Para esconder nossos próprios erros
Achamos que não há mais nada novo
Enquanto destruímos o que ainda resta
Achamos que palavras bonitas
Podem confortar e explicar tudo
Que bons argumentos nos farão vitoriosos
Somos hipócritas porque inventamos essa palavra