Estamos redundantemente enganados

Estamos redundantemente enganados

E zunimos em torno de um brilho

E falamos na primeira pessoa do plural

Quando não deveríamos generalizar

E escondemos nossas faces atrás de maquiagens

E escondemos nossos corpos atrás de academias

E não nos vemos no espelho quebrado

Que nos corta e não sentimos

Usamos uma linguagem que significa dinheiro

Música, cinema, tudo repetido

E gostamos de nos criticar

Sem nem tentar fazer algo para mudar

Dizemos que a sociedade é culpada

E não nos incluímos nela

Perdemos nosso tempo com dores insípidas

Matamos e morremos esperando perdão

Escrevemos críticas a nós

Para esconder nossos próprios erros

Achamos que não há mais nada novo

Enquanto destruímos o que ainda resta

Achamos que palavras bonitas

Podem confortar e explicar tudo

Que bons argumentos nos farão vitoriosos

Somos hipócritas porque inventamos essa palavra

Janos Biro
Enviado por Janos Biro em 20/07/2015
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