FRENTE AO MAR, QUERO ME DESPEDIR
Naquele deserto o mar
A chuva uma alegria a somar
Em prazer um belo sorriso rasgar...
Ali esqueço os pudores sem livrar.
Sim aquela alma ensandecida
Com o corpo desnudo
Que deixo errante e amanhecida
Com gestos naturais puro mas mudo.
Tantos segredos somos os mascotes.
Será rebentação ou resgate
Recolher as lágrimas antes de rolar
Nada adianta chorar.
Em repouso da cabeça envelhecida
Chega antes do despertar da chuva
Assim fica umas dores contida
A brisa envolve e da vida, mesmo turva.
Sim a chuva começa molhar meu corpo nú
Devagar invadindo todo meu ser
Mesmo não querendo pensamento em Tu
Chorando, chovendo a ressaca do mar a me manter.