DE MIM, FAÇO DE TUDO, UM POUCO.

Nesse momento eu peço licença

A quem aqui me arrodeia,

Desculpe, não sou de falar bonito,

Mas também não sou de dizer coisa feia;

Pois muito escondo o que sei

E pouco mostro o que faço,

Não tenho um coração de pedra

Mas também não tenho um peito de aço,

Assim como todos,

Nesse mundo estou de passagem

Fazendo uma viagem do que passo,

Virei amigo das rimas minhas

E das diversas linhas

Criei meu espaço.

Sou jovem de uma história longa

Mas porém de vida pequena,

Faço da imaginação minha habilidade

E da realidade faço um poema.

Meu coração pouco se invade

Avistando a bondade que só acena,

Crio a sua história de verdade

A uso a minha humildade como tema.

Perto das rimas não fui ensinado

Distante delas obtive aprumo,

Dos versos virei aluno

Das estrofes fui professor,

Nas mensagens sou remetente

Nos poemas sou escritor.

Sou menos que o avançado

Sou mais do que eu proponho,

Imaginando que muito sonho,

Imaginando que realizo,

Pensando é que improviso,

Pensando é que me disponho.

Faço da dor á minha alegria

E da saída faço entrada,

Da despedida faço chegada,

Da cura faço a ferida,

Faço incertezas pra vida toda

E abraço tristezas pra toda vida.