Game over

Um jogo? Não, nunca foi, não há peças, nem peões,

Somente a vida girando todos os dias, a viva roda;

Intempéries, céu azul e tempestade nos corações,

Tudo comum e tão diferente, como água e soda.

Não, nunca foi um game, não saberia jogar, foi real,

Mesmo em cada novo versar, não era imaginação;

Fosse qual fosse o instante, mesmo sem ser o ideal,

Era a mistura imperfeita, feita com alma e coração.

Nunca foi um jogo, as lágrimas eram quentes,

O amor, sentimento verdadeiro, que só, soube doer;

E que aguou em versos, germinando cada semente,

Que não chegaram a florir, acabaram, game over.