ZÉ-NINGUÉM

Eu sou uma pessoa

Cheio de loucuras e defeitos

Mas no fundo sou uma pessoa boa

Apesar de me sentir feito

Afinal sou humano

E humano não é perfeito

Sou apenas um poeta

Que sacia a própria fome em versos

Escritos de forma sincera

Como se fosse uma confissão silenciosa

Do externo para o interno

Do interno para o externo

Dizem que a vida é maravilhosa

E a morte é o caminho da eternidade

Mas o que tem no meio disso é uma coisa perigosa

Eu não o que é parar falar a verdade

Porque ainda estou procurando respostas

O dia da morte é melhor que o dia do nascimento

Quando nascemos temos ansiedade

Quando morremos temos conhecimento

Do certo e do errado

Do bonito e do feio

Da felicidade e do medo

Só espero não cair em esquecimento

Não pense ser importante

Porque é só mais um nesse mundo

Que procura uma chance

Para não ser mais um vagabundo

Numa sociedade hipócrita e vacilante

Onde o mais importante é o ninguém

Aquele alguém que é o Zé-Ninguém que só faz o bem

Afinal, sou apenas mais um

Nesse mundo que não vai me levar a lugar algum

Mauricio Rocha
Enviado por Mauricio Rocha em 13/07/2015
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