ZÉ-NINGUÉM
Eu sou uma pessoa
Cheio de loucuras e defeitos
Mas no fundo sou uma pessoa boa
Apesar de me sentir feito
Afinal sou humano
E humano não é perfeito
Sou apenas um poeta
Que sacia a própria fome em versos
Escritos de forma sincera
Como se fosse uma confissão silenciosa
Do externo para o interno
Do interno para o externo
Dizem que a vida é maravilhosa
E a morte é o caminho da eternidade
Mas o que tem no meio disso é uma coisa perigosa
Eu não o que é parar falar a verdade
Porque ainda estou procurando respostas
O dia da morte é melhor que o dia do nascimento
Quando nascemos temos ansiedade
Quando morremos temos conhecimento
Do certo e do errado
Do bonito e do feio
Da felicidade e do medo
Só espero não cair em esquecimento
Não pense ser importante
Porque é só mais um nesse mundo
Que procura uma chance
Para não ser mais um vagabundo
Numa sociedade hipócrita e vacilante
Onde o mais importante é o ninguém
Aquele alguém que é o Zé-Ninguém que só faz o bem
Afinal, sou apenas mais um
Nesse mundo que não vai me levar a lugar algum