A MARCHA DO TEMPO
Célere, o tempo passou.
De repente e não mais do que isso,
Os cabelos, naturalmente,
Tingem-se de branco.
A calma, o cuidado e o desvelo
Norteiam as atitudes.
A saudade invade a alma,
Minguando as alegrias.
Alguns amigos se foram,
Para não mais voltarem.
Outros se afastaram
Por motivos nunca antes pensados.
Mercê do acaso,
Muitas vezes do orgulho,
Esquecemos de nosso elo
Com a natureza, com o belo,
Levando-nos a cultuar o efêmero
Comprometendo a leveza da alma
Da querência humana.
E, sorrateiramente,
Impõe-nos o medo de ser feliz