A MARCHA DO TEMPO

Célere, o tempo passou.

De repente e não mais do que isso,

Os cabelos, naturalmente,

Tingem-se de branco.

A calma, o cuidado e o desvelo

Norteiam as atitudes.

A saudade invade a alma,

Minguando as alegrias.

Alguns amigos se foram,

Para não mais voltarem.

Outros se afastaram

Por motivos nunca antes pensados.

Mercê do acaso,

Muitas vezes do orgulho,

Esquecemos de nosso elo

Com a natureza, com o belo,

Levando-nos a cultuar o efêmero

Comprometendo a leveza da alma

Da querência humana.

E, sorrateiramente,

Impõe-nos o medo de ser feliz

Rui Azevedo
Enviado por Rui Azevedo em 12/07/2015
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