Adolfinha e Sinhazinha
Adolfinha e Escravinha
Que passa na cabeça oca dessas minhas cachorras
Quando olham aflitas a varanda na janela?
Que elas sabem ser todas as coisas
E coisa alguma que poderia supor? Que sabem?
Da aflição emperrada nos relógios
Que guardam as portas dos céus
E o inferno, abaixo do sangue na calçada -
Acima no mundo descoberto... Que sabem?
Senão do aperto em uma ração mal composta?
(...)
Vida boa mesmo é a de cachorro
Que nada sabe do mundo
Que nada sabe de nada
E a gente acha que tá preso
Quando na verdade
Quem tá preso é a gente
Que tanto sabe do mundo
De todas as coisas que retornamos
Talvez seja mesmo só a ração mal composta
De toda forma, elas tem passado tempo demais comigo...
- Berserker Heart