Qual a lembrança que faz o silêncio?
Quando é muito pouco pra ser amor,
considere meu amor como teu sonho;
leve dos meus olhos toda a luz;
junte-me ao pólen derramado das tuas cores;
atropele meu amor com os teus olhos;
se for preciso, invente amor ao vento,
mesmo que seja o vento maior do que puderes ver.
Se é muito pouco pra ser amor,
porque tens no sorriso pedaços do meu coraçao?
Se há dúvida, existe amor.
Faça-me mar a derramar-se de vontade;
diga aos versos onde há felicidade,
ou apenas sorria:
eis a lembrança que faz o silêncio.