Fui e sou, e infinito que seja outro...
E fui de mago, das mãos abano, de cá outra era incrédula
fazendo da natura felicitas um planejamento de meus reis!
Dentro de meus pensares e falas mágicas esqueci amor...
e tornei a ser homem frio, para aprender inócuo carnaval
O ontem que previa já não suporta o adivinho outrora fui
e sou o destino roído pelo tempo, amante das incertezas
E conhecer o amanhã provou que morri diante do ontem
solitário mago gerador de realidades que ao Nunca evitou
Permaneci na divina planície sem lisuras, roçante o vaziar
e no imenso vácuo este vazio que determina substâncias
Estou só, amante da luz fria demais, em eloquente magia
fazendo das escolhas de minha caravana algum silenciado
Nas fronteiras de mil reinos, fiz ouro de relíquias valiosas
e seduzi as matronas e damas verdadeiras, nada almejar
Por tudo se foi esta ânsia, melancolia velha, sobrevivendo
e por lugares que são de mil nenhures finquei meu lábaro
Sim, o ontem recém-nascido já foi em uma vasta predição
e o que virá terá de ser, mesmo que a visão desbotasse!
Em mil impérios de sonhos antevi caçadas de aristocratas
e muitos príncipes de ego ignorante, a desejar conquista!
Fui muitos ou fui talvez você, neste o trafegar mundano
disfarçado em senhor, idoso e mimo novo, homem feito
Sou o infinito que se conta além dos dedos estrangeiros
e sou o feiticeiro de alcovas esotéricas e mentiras farsas
Outros mais que acampem nesta, minha escola natureza
se deixam iludir por lições que não devo nomear direitos!
Aprendi com os homens e coisas, mas nenhum deles foi
ou jamais seriam o intrépido que repousa entre as fadas
Que outros venham e sintam, sou eles e todos, para ser
aquele que é e se fala, anda calado e revela os secretos!