Entre pedidos e esperas

Esgotam-se os tantos pedidos já feitos,

Silêncio que entristece a alma e o peito;

Chora essa menina, que não entende nada,

Absurdamente nada, e tenta ficar calada...

Deixar a vontade prevalecer, deixar que vá,

Até querer voltar, a casa está cheia de pó;

É preciso que venha, abra as portas e varra,

Essa saudade que deixou, sem nenhum dó...

Nos moveis, nas folhas das plantas, no lustre,

No quarto e na sala, no jardim e no quintal;

Pois creio que a saudade em ti, também custe,

Que seja de leve, uma tristeza, uma dor real.