PARA QUEO HOJE ACONTEÇA
Somos povoados de inverdades que nada mais são que vaidades.
Somos abarrotados de vaidades que nada mais são que banalidades.
Somos cheios de banalidades que nada mais são que superficialidades.
Somos ocos de superficialidades que nada mais são que futilidades.
Somos estruturas de futilidades que nada mais são que efemeridades.
Somos fases de efemeridades que nada mais são que debilidades.
Somos unidos em debilidades que nada mais são que inverdades.
Meu discurso não cabe em minha fala, pois cala na alma que dispara.
Meu decurso não cabe em meu ser, pois quer ver crescer o que fala.
Meu percurso não cabe em minha vida, lida detida nesse meu ser.
Meu recurso não cabe em meu sorrir, a partir de ideias desse viver.
Meu incurso não cabe em minha forma, se torna pulso com o sorrir.
Meu concurso não cabe em meu alento, deserto desperto a se formar.
Meu curso não cabe em minha face, desnuda permanece sempre alerta.
Nessa tela, janela sem paisagens, deixo passagem ao meu sonhar
Nesse momento, intento sem passagens, deixo olhares ao meu passar
Nessa espera, apera sem coragens, deixo vigias ao meu olhar
Nesse silêncio, murmúrio sem bandagens, deixo mudez ao meu cantar
Nessa busca, tosca sem pilhagens, deixo memórias ao meu pensar
Nesse escuro, procuro sem dosagens, deixo vitórias ao meu caminhar
Nessa cidade, maldade sem filtragens, deixo resistências ao meu vivenciar