Visão entristecida
Noites mal dormidas
Um cigarro na mesa
Garrafas vazias
Porta- retratos manchados
Com a mácula da nostalgia
A chuva lá fora cai
Cartas sem destinatário
Há presos, livres no armário
Ecoam gritos dos olhos
Gritos que sangram
Que não voltam
Alguém os calam
Ninguém mais os escutam
Mas eles continuam lá
Sangrando, sangrando...
Sangrando
Dentro do próprio homem.