FANTASIAS DE UM POETA
Me faço de rei ou plebeu,
nu ou fantasiado.
Nos versos, não sei quem sou eu,
muçulmano ou judeu,
homem de bem ou pirado.
Me faço amigo ou amante,
a versejar noite e dia.
Posso até ser diamante
ou pedra nada relevante,
refém de qualquer poesia.
Me faço real ilusão,
sonho, acordado, no escuro.
Presente em cada coração,
ausente, quando solidão,
no horizonte, o futuro.
Me faço chegada e partida,
sou porto seguro ou deserto.
O certo é que em minha vida,
verdade infinita, sentida,
preciso de você por perto.