AQUILO que DAQUILO que NAQUILO que

Que haja partos poéticos que gerem letras a reproduzir sonhos

Que haja gestações sonoras que reproduzam o sorrir vidas

Que haja reproduções linguísticas que sorrisem o criar fatos

Que haja sorrisos lúcidos que criem o cantar hinos

Que haja criações plenas que cantem o versar almas

Que haja cantos dóceis que versem o partos vívidos

Que haja versos que partam sorrisos a gerar gostos

Naquilo de tudo que há sou terra e me aprofundo em entranha própria.

Naquilo de tudo que há sou água e me submeto em profundidade própria.

Naquilo de tudo que há sou fogo e me guarneço em chama própria,

Naquilo de tudo que há sou éter e me completo em vida própria.

Naquilo de tudo que há sou alma e me guarneço em luz própria.

Naquilo de tudo que há sou ar e me amanheço em fase própria.

Naquilo de tudo que há sou morte e me revivo em forma própria.

Daquilo que sou, adocico até que a água se torne salgada

Daquilo que pertenço, permaneço até que o fogo esteja aquecendo

Daquilo que participo, transformo até o óbvio se torne pleno

Daquilo que rompo, pereço até que a lida se torne suave

Daquilo que pratico, ajo até que a forma se torne corpo

Daquilo que destilo, sorvo até que vinho se torne tinto

Daquilo que colore, brilho até que o arco se torne ponte

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 23/06/2015
Código do texto: T5286535
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