OVELHAS EM MEIO DE LOBOS
Há tempos atrás andei por ai, como um volatim;
Dois homens conheci,
Um era o Espirito Santo e o outro mentia tanto;
Um me guiava;
Outro só tentava;
O que me guiava me mostrou um bom coração;
Paz, misericórdia, união, mansidão;
Honra, humildade, perdão;
Compaixão, exortação, comunhão...
Nada para mim, tudo para meu irmão;
O que enganava era cheio de preceitos;
Dizia que eu era perfeito e que não tinha defeitos;
Era cheio de estatutos;
Conversa de homens astutos;
Falsa sedução, querendo me levar para sua prisão;
O que me guiava, com os olhos não enxergava;
Nem precisava;
A sua voz eu a ouvia e entendia;
Principalmente vivia;
Com isso amadurecia e crescia;
O guia mercenário tinha uma grande eloquência;
Andava alinhado com frequência;
Dizia que para obter a salvação;
Tinha que buscar na sua casa de oração;
Ele queria me ver no cativeiro, pobre ilusão de um povo pagão;
O grande guia me ensinava por dentro;
Me dava discernimento;
Com ele aprendi que sou cheio de defeitos, um pecador;
Entre uma multidão de doutor;
Ele não me ensinou sobre leis, pois ensinava sobre lei do amor;
O guia da ignorância;
Me oferecia olhos da arrogância;
Com sua superioridade;
Dizia que seu aprisco era o caminho da verdade;
Sinceramente ele queria roubar a minha liberdade;
Certa vez conversando com enganador;
Fiz uma pergunta para concluir;
Perguntei quem vem matar, roubar e destruir;
Depois de muito falar escorregando que nem quiabo;
Ele respondeu que era o diabo ;
O Mestre me acordou e me enveredou;
Não permito que me faça de bobo;
O Mestre guia me alertou sobre os lobos;
Raça de atores, salteadores famintos;
Cada um defendendo seus recintos;
Gostam quando o povo enche seus egos;
Não foi atoa que o Mestre vós chamou de guias cegos;
Vocês contaminam toda terra com suas porcarias;
Multiplicando suas hipocrisias;
Jamais terão meu corpo, alma e mente, raça de serpentes;
Vocês continuará pela terra se arrastar;
Atrás de pobres calcanhar;
O Mestre nos deu o antidoto para seu veneno da maldade;
Não me vem falar em lealdade;
Agora como um pragmata, vai falar que a letra mata;
Vivem de acordos, amantes das leis e subornos;
És uma figura sacerdotal,
Só pensam em bem material;
Faz prática de culto divino em santuário terrestre;
E não admite que há só um rebanho de só um Mestre;
A letra mata mas o espirito vivifica;
Talvez não saiba o que isso significa;
O Mestre é o caminho, a verdade e a vida
A lei com suas práticas no madeiro foi cumprida;
Chega de invenção de religião homem de duro coração;
VOCÊS NÃO ME REPRESENTA E NÃO MORRERIAM POR MIM!
Rogério Rodrigues