B a t e R e b a t e

Do Oiapoque ao Chuí,

O mar está agitado,

Uma imensa onda negra,

Vem nos deixando assustados,

Parece que a calmaria,

Esta virando um tornado.

É uma falácia inconsistente...

É o cidadão atordoado...

E mesmo que a bruma dissolva,

O horizonte já foi manchado,

E o carro na ladeira,

Parece desgovernado.

Um que vai, outro que vem,

E é o mesmo lamentar,

Somente a Deus do céu,

Podemos nos apegar,

Pare! Olhe e escute!

É o trem a apitar.

Quem avisa amigo é,

E não adianta furdunço,

Na rua é transeunte,

Na mesa do bar é pinguço,

E para entender esta raça,

Nem os provérbios de Confúcio!

Porém, podemos ver e ouvir,

Um país em decadência,

O rico mais rico ainda,

E o pobre sem existência,

A roda do mundo girando,

E o povo é que cai na prensa.

Quando se toca na ferida,

Aparece logo no jornal,

Mas quando embaixo dos panos,

Ninguém sequer deu sinal,

Depois da besteira feita,

Aí vamos meter o pau.

É o descarte do lixo,

É ter prazer sem amor,

É viver alienado,

É roubar o condutor,

E depois de tudo isso,

Quem apanha é o professor.

Já tá no tempo e na hora,

De a colmeia se assanhar,

Virar panela, chutar balde,

Pra ver a coisa mudar,

Do contrário você vai ver,

O leme desgovernar.

Vai bebendo com controle...

Vai andando de busão;

Vai descendo pelo ralo...

Vai curtindo paredão;

É país de terceiro mundo,

Um orgulho de nação.

No começo você viu,

Um plano bem detalhado,

E em meio a um piscar de olho,

O mundo acorda assustado:

Tem aumento da gasolina...

E tem dindin espalhado.

Tornozeleira virou moda...

Ele ainda é infantil...

É emenda e mais emenda,

Altera-se o Código Civil,

Meu Deus que país é este...

O que fizeram com o Brasil!

Desse jeito não tem jeito,

É preciso reformar,

E agora Chapolin...

Quem é que vai nos ajudar?

Um bate e outro rebate...

E a bola, onde foi parar?

Ailton Clarindo
Enviado por Ailton Clarindo em 22/06/2015
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