Desvestir-se
“Tirar o salto
tirar a maquiagem”
os enfeites
as roupagens.
Desvestir-se
dos invólucros,
das máscaras
e das fachadas.
Assumir a nudez
da cara limpa
do que vai na alma
do que vive no pensamento
do que crê o coração.
Andar de pés descalços
sem peso e engomados,
sem óculos escuros e,
sentir a maciez da terra
a textura da chuva!
O atemporal dos sentimentos
e o calor do outro!
Braços abertos,
abraçando, junto, a vida!
Simples
e de verdade.