Caminheiros
Quantas horas eu passei contigo,
Quando combinamos caminhar juntos...
O tempo passou e eu me escondi no abrigo
Dos teus braços, com medo de falar de assuntos,
Que nos levassem para bem distante...
Tão longe que amar não fosse o bastante!
De mãos dadas juramos ser só um!
Quando amantes, a promessa era só futuro...
Inda que reste esperança, o tempo é nenhum,
Pois se houve promessa, foi no escuro!
Onde ninguém vê, nem fala o que pensa;
Onde a visão fica turva e o sentir recompensa...
Já passa da hora de dormir; vou-me embora...
O que restou de conversa, eu bem absorvi,
Porque a pressa de falar passou; eu sei agora
Que o que tu quiseste, tu já não queres; eu te aturdi!
Chega de ironias; joga tudo que tens para o lado!
Enjoaste do meu corpo, porque fiquei cansado!
Na estrada que passamos juntos, unidos; na curva,
Pensei em dizer-lhe tudo que cá dentro carrego,
Mas cismei que podia jogar fora o amor que me furta;
Que me leva a distâncias onde o meu ser te entrego.
Oh! Quão belo prazer vem em mim com o teu calor!
Queima minh'alma, ó doce mulher! Faz-me o favor!
Quantas horas eu passei contigo,
Quando combinamos caminhar juntos...
O tempo passou e eu me escondi no abrigo
Dos teus braços, com medo de falar de assuntos,
Que nos levassem para bem distante...
Tão longe que amar não fosse o bastante!
De mãos dadas juramos ser só um!
Quando amantes, a promessa era só futuro...
Inda que reste esperança, o tempo é nenhum,
Pois se houve promessa, foi no escuro!
Onde ninguém vê, nem fala o que pensa;
Onde a visão fica turva e o sentir recompensa...
Já passa da hora de dormir; vou-me embora...
O que restou de conversa, eu bem absorvi,
Porque a pressa de falar passou; eu sei agora
Que o que tu quiseste, tu já não queres; eu te aturdi!
Chega de ironias; joga tudo que tens para o lado!
Enjoaste do meu corpo, porque fiquei cansado!
Na estrada que passamos juntos, unidos; na curva,
Pensei em dizer-lhe tudo que cá dentro carrego,
Mas cismei que podia jogar fora o amor que me furta;
Que me leva a distâncias onde o meu ser te entrego.
Oh! Quão belo prazer vem em mim com o teu calor!
Queima minh'alma, ó doce mulher! Faz-me o favor!