EM SETE TEMPO
SETE CERTOS TEMPOS I
Tempo devir sob escolhas e opções (*):
Apreendendo escolhas e escolas a se frequentar.
Sabendo detalhes e entalhes a se aprimorar.
Ocorrendo contratos e contatos a se estabelecer.
Desacreditando naquilo e daquilo a se ocorrer.
Retomando momentos e fatos a se reviver.
Insistindo restauro e reparos a se realizar.
Reinventando meios e formas a se fazer.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Início: nada-tudo podíamos no preparo da vinda esperada.
SETE CERTOS TEMPOS II
Tempo por vir sob proteção amniótica (*):
Apreendendo pulsar tempo em aquosas ondas de proteção.
Sabendo contar tempo de aguardar ondas de evolução.
Ocorrendo ocultar tempo de poupar o aprendizado.
Desacreditando chegar tempo de perder chances e promessas.
Retomando entornar tempo de vidas a ser cumprida.
Insistindo reviver tempo de oportunidade adquirida.
Reinventando refazer tempo de chegar e se fazer.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Espera: tudo-nada em sonhos para vida aguardada.
SETE CERTOS TEMPOS III
Tempo infantil sob mesa e sala repleta (*):
Apreendendo brasis em cores, famílias, metas de diferentes tribos.
Sabendo do sorver o cuba libre em sinal de resistência ideológica.
Ocorrendo excomunhão voluntária ou não em função do questionar dogma.
Desacreditando na ausência imprevista, aparelhos quedados, silêncios feitos.
Retomando sonhos quebrados, músicas insurgentes e cabeças pensantes.
Insistindo guerrilhas, feito naus à deriva, incisivas falanges.
Reinventando a arte do resistir, a arte do falaciar, a arte do sobreviver.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Entanto: enquanto faca amola, a arte resiste.
SETE CERTOS TEMPOS IV
Tempo adolescendo sob regras por quebrar(*):
Apreendendo romper regras e estabelecer novas formas.
Sabendo estabelecer formas e gerar novos critérios
Ocorrendo gerar critérios e promover novos pensamentos.
Desacreditando pensar pequenos e ampliar novos horizontes.
Retomando horizontes amplos e tecendo novas normas.
Insistindo normas romper e curtir novos sabores.
Reinventando saborear a vida e deixando -se conhecer.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Enquanto: caminho se sente mãos a romper força uterina.
SETE CERTOS TEMPOS V
Tempo gestando sob dúvida do ser(*):
Apreendendo refletir diante fatos e diferenciar real do ideal.
Sabendo discernir diante situações e discernir inicial do final.
Ocorrendo conceber diante inusitado e vencer tal do qual.
Desacreditando conhecer imposto e crescer força afinal.
Retomando alcançar a memória e apesar de inventar e recriar.
Insistindo desfrutar a vitória ou não no vivenciar e compartilhar.
Reinventando prosseguir com penares alcançar e alcar.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Intuir: enquanto oprime, saberes colocam em prática.
SETE CERTOS TEMPOS VI
Tempo mutante sob garras do tempo:
Apreendendo linguagem de si, atinge a lógica do ser.
Sabendo lógica do ser, atinge a máxima do ter.
Ocorrendo máxima do ter, atinge a forma do crer.
Desacreditando forma do crer, inova a escolha do viver.
Retomando escolha do viver, possibilita o novo alvorecer.
Insistindo novo alvorecer, fomenta o inusitado crescer.
Reinventando inusitado crescer, amplia a linguagem de si.n
HÁ TEMPOS... HÁ CERTOS TEMPOS...HÁ SETE TEMPOS
(*) - Todo: Viver fincando pé ou criar asas para não permanecer.
SETE CERTOS TEMPOS VII
Tempo retomado sob o que se construiu(*):
Apreendendo a lição do ir e vir em função dos atos e palavras.
Sabendo a função do ter e ser em proporção do querer e poder.
Ocorrendo a proporção do espaço e tempo em direção do crescer e expandir
Desacreditando a direção posta e imposta em meta do escolher e optar.
Retomando a meta real e inicial e querendo fluir natural e saudável.
Insistindo a fluidez plena e sábia e apostar na flexibilidade doce e eficaz.
Reinventando a flexibilidade vivencial e espiritual como lição no aqui e agora.
HÁ TEMPOS...
HÁ CERTOS TEMPOS...
HÁ SETE TEMPOS...
(*) - Afinal: sabe-se que nada existe e seguir é meta, é fato.
Dedico esse texto à todos que antes de mim estiveram, à todos que aqui estão comigo e à todos que optarem aqui estar nos amanhãs.
Para mim a vida é poesia dentro da poesia e a poesia está na poesia, que está na poesia, que está na poesia infinitamente.