Remoendo.

Remoendo.

Gaivota sente o pouso nas águas;

Vê o seu alimento se remoendo.

Fugindo de um fim apropriado;

De asas brancas, simples condenação.

Nas areias alarda seu marejo,

Acuminas os pensamentos de si,

À névoa em broa pelas espumas,

Escondendo as ondas do verão.

O sol ríspido e arejantes redemoinhos,

Abocanha um sonho de bicos,

Avisando do seu lugar descoberto!

As vísceras no bicar da piedade;

Lá, se vai, um tempo curto e incerto!

De quem, nasceu, mas não teve uma sentença!

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 09/06/2015
Reeditado em 09/06/2015
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