Retalhos

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Retalhos

O coser dos tecidos

dá forma aos meus sonhos.

Filetes de esperança;

raios de Sol,

em frestas filiformes.

A máquina sangra o tecido.

Diástoles e sístoles...

Perfurações corporais;

harmonias metabólicas.

Construções e desconstruções:

nenhum sangramento.

Pontos e pontes.

Aviamentos.

Linhas, agulhas...

Conversas jogadas ao vento.

Brisas, marinha e terrena.

Fontes, cascatas.

Filetes de água, correntezas...

Na estrada,

partindo ou chegando,

deixo sonhos;

comigo, levo esperanças.

Mais uma curva.

Estradas e pontos negros.

No concreto, todas as dúvidas...

E a abstração do que entendemos ser a vida.

Nijair Araújo Pinto

Dom Quintino-CE, 9 de junho de 2015.

7h54min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 09/06/2015
Reeditado em 13/10/2015
Código do texto: T5271444
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