MUNDO DE REPRESENTAÇÕES
As representações do mundo,
Num mundo encenado.
Não é em nada profundo,
Esse castelo marcado.
encene como quem finge ser,
Seja aquilo que muito quer ter.
Entenda quando finge entender,
No imperativo desse verso.
Encene ao compreender
O que digo enquanto converso.
As palavras fingem dizer outras,
Ou simplesmente se fazem ao dizer.
Não podem viver assim soutas,
Sem a nenhum significado se ater.
Precisam representar um sentido
Não sendo o que dizem ser.
Construindo a imagem no ouvido,
E na carne expressando o real saber.
No mundo há verdades de interesses,
Verdades interessadas em quem as ouve.
Mentiras de alguns vários meses,
Sobre uma verdade que já se houve.
E a muito partiu,
E o que nos resta?
É esse ar verossímil.
Esse pouco ar que se presta,
A preencher nossos pulmões de mentira.
Dar vida a quem mesmo a tira.