Processo de extinção
Poças de descontentamento
Ouço o barulho do relógio mudo
Assisto a televisão desligada
Porque simplesmente não me importo.
Apagado está o brilho do meu olhar
E eu só tenho dezoito...
A desilusão não mais tortura
E a política não me atrai,
Nem novelas, nem jornais
Ou o futebol na TV...
Excluído os meus sonhos
De em um dia ensolarado
Eu poder voltar a crer.
Paqueras ou amores eternos
São só livros agora,
Escondidos, esquecidos
No meu quarto de memórias
E o que sobra de mim?
Perdida em um mundo de falsários
Com ilusionistas e palhaços
Eu só imagino o meu fim.
Estou em processo de extinção.