DERRADEIRA CANÇÃO
Sou vento na tempestade,
levo tudo de roldão,
quando escrevo a verdade,
que mora no meu coração.
Sou olho do furacão,
centro do fogo a queimar.
Quando me dou, por paixão,
não tenho medo de amar.
Sou o inverno arredio,
em plena noite de verão.
Nu, pela noite, vadio,
em busca de nova emoção.
Sou derradeira canção,
a invadir sua vida.
Um verso triste na mão,
no peito, uma despedida.