Resenha do passado e presente

Não há como deter as lágrimas,

minhas poesias, minhas belas

Em vocês está impregnado a

minha vida e suas novelas

O que eu posso falar do hoje se

não do estado de inteireza

Onde alcancei patamares antes

temidos e referto de incerteza

Hoje, após copiosas reflexões,

gozo do sabor da plenitude

Julgo ser a liberdade, devido a

uma audaciosa atitude

Intrépido eu? Não é de minha

natureza tal virtude

Apenas segui por caminhos

atípicos desta tenra juventude

Eu o sentia, percebia em meu

âmago algo demudado

Uma inquietação que determinou

o que sou, reinventado

Somente em pensamentos, uma

mudança de hábitos e filosofia

Veio em mente aquela pequena

garota em O Mundo de Sofia

Ao meu lado, o gracioso Chopin,

com sua obra em melodia

O vinho nesta companhia, que

gera apreço eterno a melancolia

Tão pessimista eu sou com meu

destino querençoso

É um drama latente, sem ciência

do que é esperançoso

Desabafar por meio de versos

esta sensação, não convém mais

A solidão é um momento para os

vivos em que um dia se desfaz

E quando este dia me buscar não

terei saídas para fugir

Será o ápice da minha vida onde

deixarei de existir

Moraes IV
Enviado por Moraes IV em 30/05/2015
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