Justiça
Eu vejo o futuro repetindo o passado.
Eu me vejo sendo igual aos meus pais.
O tempo parece não passar.
As ideias boas não mudam o mundo.
Descubro, com tristeza, afinal, que tudo está errado.
Os meus heróis estão mortos.
Pereceram suas memórias.
Aquilo que eu acreditava não era verdade.
E tampouco era genuinamente meu.
Fazia parte da ideologia social.
A moda é ser crítico sem se saber ao certo o que criticar ou mesmo porquê.
A tão aclamada justiça que eu persigo é uma farsa.
É um devaneio vão.
Não existe em nenhuma parte.
Durante todo este tempo mentiram para mim.
Fui treinada para acatar que as migalhas ofertadas a mim era magnífica justiça.
Tudo ilusão.
A justiça que procuro só interessa a mim.
A balança do certo e do errado deve pender para o meu lado, independentemente de outrem.
Aos outros não me convém a reparação.
Por isso, que justiça subsidiará?