Razão
Quando o fio da teia emergiu na água
O fogo explodiu a atmosfera
O vento engoliu a luz
A chuva tornou-se uma guerra.
O homem transformou-se em borboleta
Tão rúptil que esvaiu-se no casulo
A sua fumaça dedilhou a flauta
Cantou o nauta que o plano foi nulo.
Buscou-se a face do martírio
Pobre ovelha ali demolida
Pés descalço que causam alvoroço
Ouve o desgosto da alma sem vida.
Queimaram o fio com a água
E secaram com fogo os seus navios
A água tornou-se como sangue
À noite só os breve assovios.
O poeta se assalta com o pensar
Virou refém de grande fantasia
Ele bebe o vinho com fermento
Explode a alma em pura utopia.
Razão!