O mundo de Michael Foucault.
Agora que venho.
Entendo o sorriso do infinito.
Devo dizer-te com sapiência.
Sei o caminho por onde passei.
Elaborei as respostas.
Sem perder a imaginação.
O silêncio profundo das intuições.
Os segredos indeléveis grudados.
Em nossas memórias.
Devo dizer-te as sensibilidades.
Do coração.
Tenho a chave do mundo dignificado.
Sei os segredos não revelados.
Que machucam as memórias descritivas.
Um por um leva-te a imponderável loucura.
A destruição dos sujeitos institucionalizados.
Pelo domínio do poder.
A morte imemorial dos fatos esquecidos.
O que devo guardar na emocionalidade.
A chave da destinação.
Que mundo é esse?
A não ser a melancolia do vosso encantamento.
Tudo que busco nesse momento.
É o descanso da ternura.
Olhar soçobrado do tempo distante.
Os campos desérticos.
E a eterna repetição.
Água produzida pela intensidade da noite.
Como é bonito poder ver a indiscrição natural.
Inexaurível aos tempos históricos.
A configuração do átomo e sua essencialidade quântica.
O principio da incausabilidade e o fundamento da antimatéria.
O privilégio de poder entender a origem das origens.
A ausência da materialidade por uma lógica incompreensível.
O segredo dos segredos e o desespero ontológico.
Tudo que somos a indeterminação.
Linguagem perdida em um universo sem acepção.
O que sempre foi explicado.
Tão somente uma montagem convencional.
Ideologias não criativas.
A não ser a construção de novos paradigmas.
Leis absoltas as indeterminações.
Mortes institucionais as destruições.
A filosofia liberalista.
O velho sujeito sem substancialidade.
O que foi o mundo aristotélico.
As formulações cartesianizadas.
Velho iluminismo e o mundo imponderado.
A diversidade do poder.
E a proporcionalidade da verdade.
Epistemologia Nietsche.
O empirismo indutivo.
As desavenças do materialismo histórico.
Tudo que sei é a antítese do idealismo hegeliano.
O dasein de Heidegger.
A celebração do instante.
O grande segredo a exterminação Folclórica premeditada.
O olhar apavorado das proposições.
O que deve ser revelado à incompreensibilidade.
O tempo histórico findou-se em duas inconformidades.
O que sobrou ao mundo o desencanto da sabedoria.
Presa a uma onda indelével de ausências.
De inconformidades.
As imemoralidades das proposições.
Edjar Dias de Vasconcelos.