Donde

"Donde" veio tu, oh pobre alma?
Chegastes alarmando as mentes exaltadas.
Tirou a paz do seu trono...
levantou poeira incrustada.

Se teu desejo era a guerra,
conseguistes sem esforço... do nada.
Ingrata é tua presença,
"donde" vens, só ataca.

Mas conformo meus dias nublados,
com seu sorriso amarelo e falso.
Lido com tua constância inata,
busco os becos pra distanciar das traças.

"Donde" vens não sei.
Sorrateira, chega... faz pirraça.
Como te conheço, oh dúvida da farsa...
sento contigo à mesa da desgraça.

Brindamos então a vida...
vida minha. Que saibas.
Você, oh dúvida...
é apenas hóspede que não paga.
 
Fábio G Costa
Enviado por Fábio G Costa em 13/05/2015
Código do texto: T5240976
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