O predador
A revolução que rege
fez dele
menino insatisfeito
como aquilo que fere
além de bondades e desfeitos.
Fez de si um humano pecador,
nunca se fazendo de novo, o imperfeito,
mas nunca inovador.
Quando fez-se novo para si
já não era sempre,
já era tarde,
já era nada.
Como na vida do pescador,
que nele afronta
a vontade de comer
o peixe pequeno,
o predador.