O amor

Se o amor morrer, morre o poeta e a poesia,

Permanece a tempestade no fim das tardes;

E cinza é papel de parede que recobre o dia,

E nada mais importa, nem que a vida acabe.

Mas esse heroico, louco e destemido lutador,

Não se entrega às derrotas da vida tão feroz;

Blindado reveste-se de sentimento de valor,

E passa por todas as armadilhas com louvor.

Pois sabe que maldade aparece se há fraqueza,

Mas o amor é capaz de afastar até as doenças;

Um destemido lutador busca realizar proezas,

Garboso, rico em palavras repletas de sapiência.