Emaranhado
Talvez, eu seja a única pessoa que ache lindo o seu cabelo preso;
Talvez, o abobado é o rapaz mais sóbrio nesse meio.
A minha alma grita, grita de tanta covardia.
É nesse meio que eu cresço?!
Só você me dá o pouco de paz que anseio.
Mais um dia se passa, e, a monotonia me entorpece; que agonia!
Minha cabeça está cheia de decisões não tomadas,
Por que eu ainda estou tão calmo?
Eu me olho no espelho e o reflexo não aparece!
Minha voz mudou de tom, minhas letras não são mais as mesmas e parou de doer o joelho que doía.
Não me reconheço mais.
Quem sou eu no dia-a-dia?
A serenidade foi-se embora, e tava chovendo muito; nem guarda-chuva ela quis!
Eu ando na rua e ninguém lembra meu nome, nem meu melhor amigo;
Há algo errado, mas, o que será?! Me diz?!
Você não me traz mais aquela paz que eu tanto ansiava;
Seu cabelo preso não é mais lindo;
Seu rosto está tão diferente, você nem se maquiava.
O que foi que aconteceu?
Porque eu sei que eu não sou mais eu!