Liberta-te!
O´ ser! Se tens a alma triste e descontente
Se tua paz não vem jamais!
Se a alegria é apenas uma esperança
Por servidão, és uma escrava da vida.
Não precisa renascer para ser feliz
Se o frio do chão não refresca teu tormento
Resta-lhe ainda tomar decisão
Grite , lute e não cale
Por conveniência tens escravidão voluntária
Despedaça-te, dia a dia, sucumbe-te
Faz-te mal humorada e infeliz
Se sentes pesado o ar desta estação
É por não amar-te
Rompe o véu deste espaço vazio
Solte -se das suas inenarráveis decepções
Não use a cama apenas para refestelar-se
Use-a para dormir, sonhar, amar e descansar
Arranque os antolhos que limitam tua visão
O outro dia virá com o amanhecer
A submissão silenciosa findará com estação seca e triste
E reflorescerá com uma primavera de esperança.