XARANDA *

DO LIVRO TOCATAS.

Quando as água de teu rio eram lágrimas de alegria

Sorrias com tanta graça e beleza construías.

Eras fonte! Eras centelha;

Multiplicavas estrelas, como se fora magia.

Hoje teu rio de lágrimas ainda carreia esperança

Dos belos sonhos-criança, que o tempo não apagou.

É deles que surgirão, como fênix mais ridente,

As energias do amor, num eterno persistente,

Que aquecerá muitas vidas em ternura comovente

Distante de toda dor.

Hoje a vida fez a estrada de saudades construída,

Onde o tempo destempera os sonhos de tantas vidas;

Do ontem que hoje é espuma;

Um resto de sombra ida, que só balança quimeras e todas desmilinguidas.

E em todos os cenários, dos muitos olhos molhados,

Só sobejos imaginários, todos bem desgastados,

São só o resto que sobrou dos tempos estraçalhados.

E todo este encanto, tecido com fantasia

Registrou-se na história como bela alegoria

Que hoje é só lenda e canto, como escreve a magia:

A Xaranda tão querida transformou-se após a vida e só como rio nos ficou.

E como lenda preferida, em rio se dissimulou,

A Xaranda tão querida, como magia da vida, em doce rio se tornou.

*XARANDA. Lenda de uma mulher que se transformou em rio

João Bosco Soares
Enviado por João Bosco Soares em 10/05/2015
Código do texto: T5237134
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