CONTEMPLAÇÃO SEM REPOUSO OU LUTO DE DE SANGUE

Muitas vezes a nudez social habita-me deixando deléveis marcas que solidificam solidões em meio à multidão. É nessa hora que choro compulsivamente numa tradução literal da angústia que a inércia de ação efetiva causa. De mãos atadas à pena minha alma fala e pulsa feito gestos que deveriam ser forma e norma.

TEMOS TANTO E NADA TEMOS

Muitas vezes a palidez social invade-me deixando mutáveis marcas que mortificam ilusões em meio à multidão. É nessa hora que imploro expressivamente numa tradução literal da angústia que a controvérsia de ação efetiva causa. De mãos aladas à pena minha alma cala e urra feito gestos que deveriam ser real e factual.

SOMOS TANTO E NADO SOMOS

Muitas vezes a polidez social coíbe-me deixando rentáveis marcas que codificam emoções em meio à multidão. É nessa hora que devoro alusivamente numa tradução literal da angústia que a solércia de ação efetiva causa. De mãos unidas à pena minha alma mede e comprime feito gestos que deveriam ser ato e fato.

QUEREMOS TANTO E NADA QUEREMOS

Muitas vezes a insensatez social atravessa-me deixando inúteis marcas que implicam alusões em meio à multidão. É nessa hora que afloro decididamente numa tradução literal da angústia que a resiliência de ação efetiva causa. De mãos entalhadas à pena minha alma envolve e anota feito gestos que deveriam ser memória e história.

DESEJAMOS TANTO E NADA DESEJAMOS

Muitas vezes a esqualidez social apropria-me deixando palpáveis marcas que multiplicam considerações em meio à multidão. É nessa hora que melhoro aleatoriamente numa tradução literal da angústia que a vacância de ação efetiva causa. De mãos fortalecidas à pena minha alma contempla e observa feito gestos que deveriam ser condição e emoção.

ESCOLHEMOS TANTO E NADA ESCOLHEMOS

Muitas vezes a mesquinhez social alicia-me deixando insondáveis marcas que prevaricam culhões em meio à multidão. É nessa hora que oro vitoriosamente numa tradução literal da angústia que a ignorância de ação efetiva causa. De mãos enternecidas à pena minha alma chora e luta feito gestos que deveriam ser liberdade e igualdade.

AMAMOS TANTO E NADA AMAMOS

Muitas vezes a estranhez social amortalha-me deixando incabíveis marcas que espocam vendilhões em meio à multidão. É nessa hora que ignoro voluptuosamente numa tradução literal da angústia que a prepotência de ação efetiva causa. De mãos

PODEMOS TANTO E NADA PODEMOS

Muitas vezes a rispidez social decepa-me deixando destrutíveis marcas que batucam expressões em meio à multidão. É nessa hora que penhoro tristemente numa tradução literal da angústia que a violência de ação efetiva causa. De mãos feito gestos que deveriam ser

SOBRE O QUE SINTO POR HORA: Temos tanto e nada temos, e somos tanto e sequer nos percebemos multidão. Notícias chegam pela mídia e veem acrescentar mais dores em meu coração, pois esses tempos estão bastante complexos e vemos o reflexo do que fazemos ao planeta e aos nosso irmãos de planeta. Quantos Nepais, Hiroximas, Candelárias, e tantas outras imposturas teremos que sofrer para que percebamos a vida à nossa volta e mudemos nossas ações, mesmo que pequeninas?

Roberta Lessa
Enviado por Roberta Lessa em 04/05/2015
Código do texto: T5229916
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