As Ideologias de Nietzsche.
Se pudesse dizer.
Falaria silenciosamente.
Mas um pouco de imaginação.
Consigo ter.
O desenvolvimento da lógica do entendimento.
O desejo da representação dos meus códigos.
Das diversidades de minhas memórias.
Entretanto, o desaparecimento absoluto.
O mundo de Camus.
É melhor ser exatamente como é.
Sem alma.
Sem metafísica.
Até mesmo os valores morais.
Apenas uma construção fenomenológica.
Sem contestar a hermenêutica de Dilthey.
O eterno retorno de Nietzsche.
Se a matéria não tivesse fundamento.
Em referência a principialidade.
O que seria o mundo, o indeterminável vazio.
A dialética do vácuo.
Compreendo que os fluidos serão ausências.
Em um determinado instante.
Preenche as significações feuerbachianas.
Representações inverídicas.
Voltam em forma de verdades construídas.
Em um imaginário pobre e delével.
Acepção dos segredos.
Então eu sei o que significa.
A formulação repetível da síntese tríade.
O idealismo da fenomenologia hegeliana.
Como se nada fosse destrutível.
A essência pelo menos em parte.
Conserva-se eternamente.
Resquício da mentalidade aristotélica.
A relação de potência é ato.
A eternidade da perfeição.
A diacronicidade do tempo.
Recriada sempre por meio do mecanismo do exaurimento.
A substância sendo sempre alterada pelos acidentes.
O movimento permanente da superação.
Levando o ser, ser e não ser, ao mesmo tempo.
Sendo como fundamento a lógica de Heráclito.
A minimalidade Parmenidiânica.
O exagero das antíteses de Hegel.
Entretanto, as determinações do ato quântico.
Compatibilismo exegético.
Substancializa o materialismo histórico.
A grandiosidade do seu fundamento.
A lógica é a vossa historicidade.
Inútil imaginar o irreal.
Fantasiar a sombra do medo.
O futuro como presença do próprio momento.
A eterna seguridade do tempo.
O antes e o depois.
Um instante em que tudo se esquece.
Inexaurivelmente.
Pelo fato da entropia ser permanente.
Apesar do passado se fazer presente.
E o futuro ser muito distante.
Ambos as etimologias não existem.
O que existe mesmo é a mecanicidade entrópica.
A terra girando em torno do seu eixo.
Provocando o fenômeno do dia e noite.
Possibilitando a imaginação da historicidade.
Mas o princípio da incausalidade da matéria.
Essencializa tão somente a escuridão.
Em um tempo próximo, a claridade.
As memórias imaginando a efetivação das primaveras.
Indeterminável pelo princípio grego alético.
A fortiori as vossas imaginações.
Edjar Dias de Vasconcelos.