Anti-decrepitude do devir

As semanas, que entram e saem

como ágeis aviões

que sobem, voam, posam

ou até mesmo caem... ,

sempre nos ensinam

mais e mais

sobre o viver

e o incerto existir.

Existir que nos convida

à única certeza:

de que viver é lutar,

é chegar, sorrir, gozar

e, mesmo sem gostar,

também partir.

É ter mesmo que chorar,

quando vemos que subir

e voar ao infinito

também pode ser

um decrépito descer,

um estrépito cair

nas malhas do que é certo:

a incerteza

do devir!

(Poema extraído do Livro: "Geografia em poesias: tempos, espaços, pensamentos - Luiz Carlos Flávio).

Luiz Carlos Flávio
Enviado por Luiz Carlos Flávio em 26/04/2015
Reeditado em 26/04/2015
Código do texto: T5220874
Classificação de conteúdo: seguro