Vírus Da Apatia
Cativo sob as asas de um anjo
Vítima da ânsia da liberdade
Veja, ele tem uma reclamação,
Não é rígido o suficiente.
Eis o homem que não sabe correr
Se não lhe disserem para onde ir.
Uma misteriosa brisa o enfrenta,
Brisa que faz dele homem livre.
Eis o homem que não sabe viver
Onde todos os homens vivem.
Perante a prisão e a liberdade,
Proclama o conforto da tirania.
Novos tempos, novos rumos.
O mundo deu a sua volta,
Mas o homem mantém-se igual.
Liberdade, igualdade e fraternidade.
A história permanece intacta,
Porém, ninguém a recorda mais.
As almas submissas e apáticas,
Irão apodrecer e deteriorar-se.
Memórias manchadas a negro
Nos livros da história dos Homens.
Num céu borrado a cinzento,
Que disfarça o amor e o ódio,
Nascerá a luz sob a terra.
Ela nos cegará para vermos.
O homem trepa o cordão umbilical.
O cordão leva-o a seu lar,
De volta para dentro do útero
Da civilização humana.
O homem aprenderá a apedrejar,
A manusear uma espada e uma pistola.
Mas fará com sua própria consciência,
Porque todo o Homem nasce para ser livre.