Ainda há mundos
Ainda há mundos
No mundo, ainda há mundos por serem explorados,
chuvas pra se molhar,
cores não descobertas...
À rigidez, há o verbo que escoa em falácias,
e a palavra aberta se curva.
Correntes hemorrágicas
em um rio de águas turvas
que corre ao vazio.
Ao encontro de uma sobrevida
os peixes e homens migram...
Sem nenhum pescador, toda palavra mirra,
e sem oxigênio, se infelicita,
por só pescar a dor...
À boca se cala
quando a represa vem.
No mundo, ainda há mundos
por serem explorados,
há vida após as curvas,
há sóis por detrás das chuvas,
riscos de sucesso
aos que são audazes e não se detêm.
Beto Acioli
24/04/2015