História

Não sou filha de outro, essa é minha história...

Toda errada e tão justa, presa em minha memória,

Amo de quem sou filha, amo a mãe que é só tua;

Mas perdidos andamos na escura e tão comprida rua.

Avenidas de dois seres, que se repelem, não se amam,

Teimam, vagam e se machucam, e juram que se amam;

Doce verbo tristemente conjugado entre verdades ou não,

Sofre quem fala alto, e também quem cala o coração.

Somos pedaços de vidros, tristezas cortando os olhos,

Perdas e danos que nunca serão indenizadas, mas vivas;

Permanecerão, veias dilatando a alma, na dor que escolho,

Escolhemos, dois seres morrendo, desfilando entre convivas.