Homenagem ao Poeta Fernando Pessoa.

Tenho dentro do meu coração.

Um pouco de sentimento frágil.

Entretanto, vivem dentro de mim.

As mais indeléveis ilusões.

Compreendo as não significações.

O mundo persuadido de ideologias.

A lógica racional funcionando.

Pelo inconsciente.

Mecanicamente litófilo.

Entendo do significado filogenético.

O homo sapiens.

O que devo dizer as recordações.

A não ser o fundamento perdido.

A um mundo anacronicamente.

Sem medida.

Peremptoriamente incompreendido.

Nunca busquei o convencimento.

Jamais substanciei a perdição.

Sei o significado de cada coisa.

A medida exata.

Latíbula.

O que mais desejaria saber.

A não ser o tamanho do pensamento.

O final de cada tempo histórico.

Somado, perdido pela linha do fragmento.

Projeção mediológica antropológica.

O que temos quando vivermos.

Além do silêncio.

Um sinal distante da História.

Inexaurível a imaginação.

Se essa vida for de fato perdida.

Reconhecerei o tamanho da medição.

A profundidade de um olhar metafísico.

Mitigado naturalmente.

Qual a verdadeira existência.

Não saberei explicar sua miríada.

Proporcional.

Viverei de tal modo.

Terei naturalmente que refletir.

A vida que na realidade efetivou-se.

A mesma que foi sonhada.

Imaginada, portanto, multirreferenciada.

Indutiva ao método.

A fenomenalidade das impressões.

A vida vivida.

A outra perdida.

Talvez a última delas.

Somente pensada.

No entanto, a única que temos.

Vida projetada.

Entre o real e irreal.

O tempo que foi.

O mais absoluto esquecimento.

Nas imaginações fluidas.

Mnemonizáveis.

Mas se me perguntares.

A essência explicitada.

Não saberei compreender os olhares.

Muito menos a cor do tempo.

O significado do vento.

A existência do instante.

Como então decifrar o misoneísmo.

Das razões epistemologizadas.

O que de alguma maneira desaparecerá.

Para eternidade das inexistências.

A vida apenas um pensamento vago.

Indecifrável as representações.

De mundos imponderáveis as suas idiossincrasias.

Edjar Dias de Vasconcelos.

Edjar Dias de Vasconcelos
Enviado por Edjar Dias de Vasconcelos em 20/04/2015
Reeditado em 22/04/2015
Código do texto: T5214360
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