Ansiedade

A palavra estava confusa...

Perdida, na verdade

Em meio a sopa de letras

Que eu devoro a vontade

O que és tu?

Que me faz trocar os versos

Eu falo, sai o inverso

E a decepção toma o lugar.

Que voz é essa?

Que não sustenta as palavras

Me deixa confusa, sem fala

Sem ao menos uma desculpa para dar.

Que pressa é essa?

Mal termina de escrever

Já recomeça e começa

E no fim do dia, o papel branco lá está.

Que intromissão é essa?

De hipóteses brigando por um lugar

No escuridão infinita

Dos meus olhos a se fechar.

Ora, pois sente-se e se acalme.

Que eu não estou aqui a brincar.

Deixe o meu relógio tranquilo

Pois o que é dele, ele sabe cuidar...

Maira_Oliveira
Enviado por Maira_Oliveira em 20/04/2015
Código do texto: T5213986
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