Ansiedade
A palavra estava confusa...
Perdida, na verdade
Em meio a sopa de letras
Que eu devoro a vontade
O que és tu?
Que me faz trocar os versos
Eu falo, sai o inverso
E a decepção toma o lugar.
Que voz é essa?
Que não sustenta as palavras
Me deixa confusa, sem fala
Sem ao menos uma desculpa para dar.
Que pressa é essa?
Mal termina de escrever
Já recomeça e começa
E no fim do dia, o papel branco lá está.
Que intromissão é essa?
De hipóteses brigando por um lugar
No escuridão infinita
Dos meus olhos a se fechar.
Ora, pois sente-se e se acalme.
Que eu não estou aqui a brincar.
Deixe o meu relógio tranquilo
Pois o que é dele, ele sabe cuidar...