ASAS
ASAS
Quero ter asas
Para chegar ao infinito
Chegar a consciência
Do meu ser divino
Perder as máscaras
De ilusões criadas
Despir-me dos desejos.
Quero contemplar o amanhã
Como a águia
Contempla a vida nas alturas
Quero ser a dignidade
Escalada e esculpida
O alicerce seguro
Para meus pés
Os braços que me abraçam
Sem vergonha do que fiz
Os olhos que me fitam
Nas profundezas do coração
Quero alçar vôo seguro
Ser livre de interesses mesquinhos
Que tripudiam a carne
Convertendo-me em presa fácil
Quero voar... Voar... Voar...
Acima da liberdade do mundo
Ainda que eu macere
A minha alma leviana
Em vôos rasantes
Mas quero ser constante
Como um diamante
Meus objetivos se
Estrangulam no orgulho
De querer mais ainda não ser
Quero ser a vontade
Quase nula nas ilusões da vida
Mas que se fortalece
Em busca do melhor
Quero voar na brisa
Calma e macia
Deitar nas nuvens
Ser a estrela no
Tule azul do céu...
Escrito por Clemilza Maria Neves de Oliveira